Marítimo não resistiu à reentrada de Mafalda Mariano
O Vitória de Guimarães venceu (2-1) o Marítimo na 7.ª jornada da Liga BPI, resultado que lhe permite ascender à 4.ª posição e mantém as madeirenses com a lanterna vermelha.
A reentrada fulgurante das vimaranenses, após o intervalo, foi decisiva. A jovem Mafalda Mariano esteve em particular evidência, surgindo a rematar com muito perigo logo nos instantes iniciais. E foi ela que desfez o nó (55’), com uma finalização de excelente recorte técnico, aproveitando um corte de cabeça deficiente, dominando com o pé esquerdo, tirando uma adversária da frente e rematando de forma teleguiada com o direito.
Correndo atrás do prejuízo, o Marítimo acabou por dar mais espaços e, aos 60’, jenna Holtz tirou o pão da boca de Irlanda Lopes, junto ao segundo poste. Mas, numa jogada a papel químico (71’), chegou o 2-0, com novo cruzamento milimétrico de Sara Brasil, havendo dificuldade em perceber se Irlanda chega a tocar na bola ou foi apenas Jenna Holz (autogolo).

Antes, um remate em queda de Sara Brasil (62’) já tinha obrigado Nicole Panis a uma defesa espetacular.
O Marítimo ainda conseguiu reduzir (80’), num lance em que Leah Oliveira teve tempo e espaço para tudo, ao contrário do que tinha acontecido com Mafalda Mariano. Mas Leah também dominou com o pé direito, tirou Jaime Maria do caminho e fuzilou com o esquerdo.
O resultado não sofreu alterações, apesar de a maritimista Leah ter tentado (90’+7) com um remate de longe e, sobretudo, da parte vitoriana, Vanessa Marques (88’) ter acertado no poste, com um cabeceamento em condições muito difíceis, sendo a bola salva sobre a linha na recarga que se seguiu.
A primeira parte teve pouca história, com a bola sempre distante da linha de golo. Apesar de, nalguns momentos, o Marítimo ter dado a ideia de querer sair da incómoda última posição da tabela, o Vitória teve mais posse e, na sequência de um dos vários pontapés de canto, criou o seu melhor lance (39’). Carolina Pocinho, solicitada em profundidade para o 1.º poste, rematou bem, mas Nicole Panis estava atenta.
Do lado das madeirenses, só mesmo à beira do intervalo (44’) surgiu o primeiro remate enquadrado, de Ana Rita Coutinho, de muito longe e à figura de Tiffany Sornpao.
Vindo da II Divisão, o Vitória está num período muito favorável, cumprindo o sexto jogo consecutivo sem perder. Neste período, tinha batido o Marítimo (4-1, para a Taça da Liga), que está há 5 partidas sem ganhar.

FICHA DE JOGO
VITÓRIA SC 2-1 SC MARÍTIMO (0-0 ao intervalo)
Liga BPI
7.ª jornada
Campo 5 da Academia do Vitória Sport Clube
Árbitra: Cátia Duarte
Assistentes: Rafaela Almeida e Patrícia Araújo
Quarta árbitra: Nádia Faria
VAR: Ricardo Diogo
Assistente de VAR: Jonathan Babo
VITÓRIA SC: Tiffany Sornpao; Babi, Mia Foster (Marta Gago, 90’+2), Carolina Pocinho, Madeline Gravante, Jaime Maria, Mafalda Mariano (Maria Gaspar, 78’), Sara Brasil [cap] (Vanessa Marques, 78’), Irlanda Lopes (Ticha, (90’+2), Maria Ribeiro (Maria Baleia, 60’) e Maria Salgado.
Suplentes não utilizadas: Adriana Rocha, Débora Maciel, Mariana Santos e Joana Robeiro.
Treinador: Ivo Roque
Disciplina: amarelo a Jaime Maria (65’).
SC MARÍTIMO: Nicole Panis; Jenna Holtz, Sade Heinrichs, Gabriela Zidoi, Joana Silva [cap], Elis Nemtsov, Ana Rita Coutinho, Sara Ferreira (Inês Freitas, 66’), Carla Gonçalves (Leah de Oliveira, 66’), Lara Costa e Fatumata Sissé.
Suplentes não utilizadas: Bárbara Santos, Carolina Nunes, Diana Freitas, Ana Silva e Carolina Ferreira.
Treinador: Luís Gabriel Teixeira
Disciplina: amarelo a Sara Ferreira (12’) e Sade Heinrichs (77’).
Golos: 1-0, Mafalda Mariano (55’); 2-0, Irlanda Ribeiro (71’): 2-1, Leah de Oliveira (80’).
Mafalda com arte

A jovem Mafalda Mariano foi decisiva no desbloqueamento do jogo, e fê-lo com nota artística. Aproveitando um corte de cabeça, que recebeu, na meia-lua, fez uma rápida mudança de pés, deixando a sua polícia KO e aplicando, de imediato, um remate teleguiado para o poste mais distante, fora do alcance da enorme Nicole Panis.
De resto, esteve quase sempre presente nos lances de construção ofensiva, muitas vezes encontrando a capitã Sara Brasil liberta para a o passe decisivo.