Presidente da Federação Portuguesa de Futebol encerrou o Portugal Football Summit com uma mensagem de futuro para uma "geração ganhadora"
Pedro Proença, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol e anfitrião da Portugal Football Summit, ocupou o palco, este sábado, para, numa entrevista conduzida por Pedro Pinto, encerrar, a maior cimeira de futebol do mundo. Quatro dias, mais de uma centena de painéis, dirigentes nacionais e internacionais de topo, atletas consagrados, dezenas de especialistas de todas as áreas que gravitam à volta do futebol e mais de 25 mil visitantes dão conta do sucesso do evento que já tem a segunda edição agendada para o próximo ano e que tornam inevitável um balanço positivo por parte do presidente da Federação Portuguesa de Futebol: “Quero agradecer quatro dias extraordinários que mostraram o que vale o futebol português e dizer que é ele, o futebol, que está de parabéns por aquilo que conseguimos aqui”.
Para Pedro Proença, a Portugal Football Summit serve de mote para aquele que é o desígnio da sua liderança à frente da FPF. “Abrimos uma nova página de ambição, de vontade de fazer diferente e de assumir que o futebol português é vencedor. Em tudo em que entramos é para ganhar. É esta nova mentalidade que trazemos, sem receios, porque somos de uma geração ganhadora”.
Uma mentalidade que o acompanha ao longo dos 30 anos que leva envolvido no futebol ao mais alto nível. “Eu e a minha equipa entramos em tudo para ganhar”, frisou. “Foi assim quando em 2012 fui considerado o melhor árbitro do mundo, quando arbitrei a final da Champions, uma final do Campeonato da Europa e estive na iminência de apitar uma final do Mundial”.
E também foi assim, quando em 2014, aceitou liderar a recuperação da Liga Portugal: “Vínhamos de três anos no negativo quando cheguei e foram dez anos consecutivos de contas positivas, mais de dez milhões de resultados operacionais acumulados positivos. Deixámos 42 milhões de patrocínios, deixámos uma infraestrutura que hoje valerá mais de 40 milhões de euros e os alicerces para que a Liga possa continuar a desenvolver o seu trabalho”.
Mais focado no futuro do que no passado, Pedro Proença levou para a Federação Portuguesa de Futebol o mesmo espírito renovador e vencedor. “Unir o futebol, esta comunidade do futebol português que tem tanto para dar: foi com esta ambição que chegámos à FPF com uma equipa de gestão altamente qualificada, altamente capaz de entregar o que queremos. É para as vitórias e para a elevação da autoestima do povo português que trabalhamos, tendo como eixo central o adepto”.
Unir o futebol português é, portanto, um dos principais objetivos do presidente da Federação, que prefere a convergência à unanimidade. “Já na Liga dizia que eramos parceiros de um negócio em que tínhamos 90 minutos para sermos adversários dentro de campo” refere, concretizando: “O que fizemos na Liga foi projetar o presente e o futuro. E é isso que acontece hoje na Federação. Somos privilegiados e o que está a acontecer agora acontece com pouco mais de quatro meses de preparação, com quatro títulos internacionais, mas, fundamentalmente, com uma atitude positiva e vencedora relativamente àquilo que queremos para o futebol português”.
Ora, entre os desafios que se colocam ao futebol nos próximos anos está o delicado dossier da centralização que Pedro Proença conhece intimamente. “Obviamente acredito muito nesse processo, que liderei enquanto presidente da Liga, mas temos a noção de que será o mercado que irá ditar o resultado final sobre este diploma. A FPF delegou na Liga esta responsabilidade, sendo certo que a terá um papel importante no que será o documento final. Acompanharemos este processo com muito entusiasmo”.
O mesmo entusiasmo e ambição que serve de base para a filosofia da Federação imaginada por Pedro Proença, numa espécie de rotura com o passado. “Não basta dizermos que temos dos melhores jogadores do mundo, dos melhores treinadores do mundo, dos melhoras árbitros e dirigente do mundo, não basta isso se não assumirmos que queremos ganhar. Onde entra a Seleção, entra sempre para ganhar. Tem sido esta mudança de filosofia, esta elevação da autoestima dos portugueses, tem sido essa a grande mudança desta nova FPF”.
Uma mudança que força a olhar para o futuro próximo com confiança. A começar pelo Mundial de 2026. “É para sermos campeões do Mundo. Quem tem esta estrutura altamente profissional, uma estrutura desportiva na Seleção do mais alto nível, quem tem o melhor jogador do mundo, quem tem tudo isso tem de ambicionar ser campeão do Mundo. E nós não temos de ter receio de afirmar isto: Em 2026, queremos ser campeões do mundo”.