António José Seguro: “Precisamos de vestir mais a camisola da Seleção”

Portugal Football Summit

Candidato à Presidência de República lembrou os tempos de jogador numa conversa com paralelismos entre futebol e política

António José Seguro está de volta à vida política dez anos depois como candidato à Presidência da República. Sem querer faltar ao Portugal Football Summit, o antigo Secretário-Geral do Partido Socialista proporcionou uma conversa cheia de paralelismos entre futebol e política. “Este combate é mesmo para ganhar mas não termina ali. Inicia-se. Um trajeto de fazer com que o país trabalhe e todos possamos dar contributos para que Portugal ganhe e os portugueses possam viver melhor”, começou por dizer sobre o que aí vem, antes de utilizar as dores de cabeça de Roberto Martínez como exemplo.

“Não queria estar na posição do Selecionador Nacional. Temos excelentes opções, temos de fazer uma boa equipa para alcançar os nossos objetivos. Comparando com o país é a mesma coisa. Todos nós temos clubes da nossa preferência, mas quando joga a Seleção é o nosso país, sentimos isso de forma diferente. O país vive uma emergência em que nós precisamos de vestir mais a camisola da Seleção Nacional e despir mais a clubite que existe na política portuguesa”, acrescentou.

Além de confessar que não tem gostado muito de ver o que se passa fora das quatro linhas do futebol português, António José Seguro, de 63 anos, voltou atrás no tempo para lembrar o seu passado no futebol. “Fui jogador federado durante três anos. Joguei nos juvenis, depois nos juniores e nos seniores também, no Penamacorense. Nenhum outro clube me aceitaria devido às minhas dificuldades técnicas. No primeiro jogo, comecei à baliza e terminei como avançado-centro”, contou, bem disposto, sem esquecer o dia em que marcou o golo da vitória a um Sporting da Covilhã onde alinhava Rui Barros.

De volta aos paralelismos entre futebol e política, António José Seguro falou também sobre os dez anos fora, para agora regressar à ação política. “Saí no sentido de dizer que tinha uma ideia, um projeto, não havia condições para executar, fui à minha vida. Fui dar aulas, fui produzir vinho, azeite, tenho um pequenino alojamento local. Fui dar um contributo ao meu país da forma que eu sei. A ideia de que só se pode servir um país estando em lugares públicos ou na política é uma ideia errada. O que temos de fazer é ir buscar o melhor que cada português tem, pode produzir, e colocar ao serviço da Seleção, que tem de ser um país a vencer os problemas graves que temos neste momento”, rematou.


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