Emanuel Macedo de Medeiros: “Sei do combate de Pedro Proença”

Portugal Football Summit

Co-fundador e Global CEO do Sport Integrity Global Alliance (SIGA) apelou às boas práticas dos vários agentes

“Estar aqui nesta casa do futebol é motivo de satisfação e orgulho. Vi nascer esta obra.” Foi assim que Emanuel Macedo de Medeiros começou por se dirigir aos presentes no Galp Stage no Football Summit, esta quinta-feira. Após saudar “o presidente da FPF e toda a sua equipa” por mais esta iniciativa, uma “reflexão séria e sentida sobre o presente e futuro do futebol português e além fronteiras”, o co-fundador e Global CEO do Sport Integrity Global Alliance (SIGA) abordou a “encruzilhada” que o desporto-rei vive atualmente. “O futebol é mais que entretenimento, jogo ou diversão. É, entre outras coisas, uma fonte criação de riqueza. O futebol vive encruzilhada, foquemo-nos nas oportunidades. A chave não está no instrumento, as receitas estão a cair ou estagnadas. Temos de rentabilizar o nosso produto, futebol é um campo de transcendências. Não tenham medo de arriscar. E felicito Pedro Proença pelo combate tenaz que tem feito para levar o bom nome de Portugal não só no próprio país, mas também além fronteiras”.

Deixando elogios a Ronaldo, “um exemplo para todos os 10 milhões de portugueses” e destacando que os êxitos não se resumem apenas ao futebol, Emanuel Macedo de Medeiros terminou a intervenção com três apelos.

“Em primeiro lugar, dirigindo-me à FIFA e UEFA, todos concordamos que é preciso fazer mais, mas quando é necessário dar um passo em frente poucos o fazem. A SIGA foi criada para ajudar organizações desportivas a erguerem-se e a colocarem a integridade no topo. Faz-se com ações e não com palavras. Que a FIFA e UEFA consigam dar esse passo em frente e que adotem os princípios da SIGA; em segundo lugar, convido a FPF a adotar as boas práticas de governação da SIGA. Quando o Pedro Proença era presidente da Liga convidei o organismo presidido por ele a aderir às nossas boas práticas e, no próprio dia, aderiu ao nosso projeto e instituição por ele presidida ganhou o selo de bronze. E o bronze não é fácil, é preciso cumprir mais de 70 por cento dos critérios. Assim, apelo a que a FPF adote os standards universais da SIGA; finalmente, o Governo não pode fingir que os problemas não existem. Jamais criticarei quem quer investir no futebol, mas há que fazê-lo de acordo com as regras do jogo, com transparência e frontalidade. Não podemos cingir o escrutínio aos investidores a um mero formulário onde se atesta que somos bons rapazes. É preciso muito mais. São novos desafios, temos de dar resposta e estar um passo à frente. Sei que todos juntos não deixaremos de aproveitar a oportunidade de construir um melhor futebol.”


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