Na sequência do tremendo sucesso da transmissão do Mundial de Clubes 2025 a nível global, Shay Segev promete continuar a investir em Portugal
O tremendo sucesso da transmissão do Mundial de Clubes de 2025 foi o mote para conversa de Pedro Pinto com Shay Segev, CEO da DAZN, mas não se ficou por aí. A aposta da plataforma de streaming desportivo no mercado português, onde já transmite a Liga dos Campeões, a Premier League e a Fórmula 1 é, não apenas para continuar, como para reforçar de forma decisiva. “Já temos uma presença forte em Portugal. O Mundial de Clubes foi mais uma oportunidade para mostrar quão forte é este mercado em termos de engagement. Lia esta manhã que 60 por cento da população em Portugal assistiu ao Mundial de Clubes” sublinhou, reforçando: “Vamos continuar a investir aqui, temos uma nova liderança e queremos fazer o nosso caminho com parceiros como a Federação e a Liga, estamos abertos a oportunidades”. Shay Segev recordou o facto da DAZN ser uma “plataforma global” para sublinhar as vantagens de uma parceria com os principais players do futebol português. “Quando nos associamos a uma Liga, podemos ser o broadcaster no respetivo país, mas também podemos distribuir esse conteúdo globalmente”. De resto, o CEO da DAZN ofereceu um exemplo de sucesso numa parceira semelhante. “No espaço de duas épocas, conseguimos triplicar o número de subscritores da NBA na nossa plataforma. É um crescimento exponencial. E não é apenas a distribuição, é a experiência. Nomeadamente na forma como os mais jovens interagem com os conteúdos. E também aí lideramos a inovação”.
Uma liderança particularmente notória no caso da transmissão do Mundial de Clubes e nos desafios que representou englobar mais de 200 países, mais de 17 línguas diferentes e inúmeros operadores para oferecer a melhor experiência aos adeptos de todo o mundo. “Havia uma grande complexidade e muito pouco tempo para o concretizar. Tivemos cinco seis meses para ao montar. A FIFA tinha uma visão de projetar o maior torneio de clubes do mundo. Unir o futebol numa única plataforma. Como seguir tudo isto quando há diferentes continentes envolvidos, diferentes fusos horários? Como era novo, tivemos a oportunidade de criar algo original. Foi o maior evento global que foi transmitido numa única plataforma. 20 línguas, patrocinadores locais, foi preciso mostrar a cada mercado a solução. Envolvemos mais de 100 parceiros em todo o Mundo. O próprio modelo do torneio foi inovador. Os jogos foram gratuitos, o que foi decisivo para a FIFA que queria promover este primeiro Mundial de Clubes, para garantir que cada adepto podia assistir aos jogos”.
No final, um tremendo sucesso para todos os envolvidos. ”Esta prova é um dos poucos momentos em que foi feito um grande negócio e todos acabaram felizes. Os adeptos adoraram, a FIFA ficou muito satisfeita e nós, na DAZN igualmente”. Desde logo pelo impacto que a prova teve na notoriedade da marca. “Da nossa perspetiva, em termos de negócio, estamos particularmente satisfeitos. A marca cresceu, o reconhecimento da marca explodiu e temos dezenas de milhares de contas a entrar na nossa plataforma. O torneio foi visto por mais de dois mil milhões de pessoas. A final, entre PSG e Chelsea, teve mais de 150 milhões de espetadores. Assim, foi um enorme sucesso. Também o conseguimos monetizar através de patrocinadores de todo o mundo. A plataforma provou que podemos abordar algo desta escala. Podemos pegar num torneio global, colocá-lo na plataforma, localizá-lo e oferecê-lo em simultâneo a mais de 200 países”.