Presidente da UEFA foi um dos convidados da cerimónia de abertura do Portugal Football Summit. Čeferin elogiou Portugal, os jogadores nacionais e mostrou-se pronto para os desafios que se adivinham
Aleksander Čeferin não fugiu a nenhuma das perguntas na entrevista exclusiva que ofereceu durante a cerimónia de abertura do Portugal Football Summit que, hoje, arrancou na Cidade do Futebol e só não conseguiu mesmo explicar o que Portugal, e a Seleção Nacional, têm de diferente. «Não sei, mas vou descobrir. Têm talento, claro, trabalho muito, mas isso muitos outros também. Aqui, há algo especial. Não sei o que é, mas vou descobrir», disse o homem que lidera o futebol europeu desde 2016.
No topo da hierarquia da Seleção Nacional, o nome do capitão e maior embaixador, Cristiano Ronaldo, que mereceu do presidente da UEFA o reconhecimento público pela carreira e não só. « Ele é um dos maiores promotores de Portugal, do futebol no Mundo… Toda a gente o conhece, nunca vi ninguém tão competitivo. Ele é fantástico não só pelo que faz no futebol mas fora também. Cristiano Ronaldo é, seguramente, um dos três maiores nomes de sempre do futebol», assumiu sem problemas.

Mas o capitão não é o único a merecer elogios do presidente da UEFA que mostrou conhecer bem os nomes da Seleção, quando instado a falar de algumas das maiores estrelas do futebol mundial « Nuno Mendes, Rodri… João Neves, Vitinha, Rúben Dias, o meu central favorito. Não sei como o estão a fazer, mas têm alguma coisa. Não é só talento e trabalho», repetiu.
Satisfeito com o desenvolvimento do futebol feminino e a final do Europeu que juntou 93 mil pessoas em Wembley, mas ciente do muito trabalho que é preciso fazer, o presidente da UEFA nunca se mostrou cansado, pelo contrário, garantiu que está pronto para abraçar mais e mais trabalho e desbravar novos caminhos como streaming, social media e IA. «O futebol é conservador em muitos destes aspetos, mas temos de começar a olhar para o lado. Devagar, passo a passo», defendeu.
Perante os enormes desafios que assumiu ter vivido durante o mandato, enumerando COVID, Superliga e agora a guerra Rússia e Ucrânia, Aleksander Čeferin confessou que os desafios nunca acabam e nunca se sabe o que vem depois. Mas, no fim do dia, o mais importante é simples: «Olhar-me ao espelho e saber que fiz o melhor que podia, com boas intenções. Errar todos erram, mas o mais importante é isso. Olhar ao espelho e saber que fizemos o melhor pelo bem».