Seleção Nacional soma segundo triunfo na fase de qualificação
João Cancelo, já bem perto do fim, deu a Portugal uma vitória suada na Hungria (3-2), resultado que permite à seleção lusa reforçar a liderança no grupo F e ficar mais perto do Mundial'2026 de futebol.
Em Budapeste, aos 86 minutos, Cancelo fez o golo do triunfo, depois de Varga, aos 84, ter bisado na partida e deixado as 61 mil pessoas na Puskas Arena em alvoroço, já que tudo parecia que ia acabar em empate.
Para a Hungria bastaram dois remates à baliza para fazer dois golos, ambos por Varga, avançado do Ferencvaros, o primeiro aos 21 minutos, que na altura deixou a equipa magiar em vantagem.
Portugal respondeu por Bernardo Silva, aos 36 minutos, e Cristiano Ronaldo, aos 58 de grande penalidade, este último num lance a castigar mão na bola do húngaro Nego.
No fim, a seleção nacional somou a segunda vitória em dois jogos e passou a liderar o Grupo F com seis pontos, agora mais três que a Arménia, que passou ao segundo lugar após receber e vencer a Irlanda por 2-1.
Pela quinta vez, Portugal volta a sair de Budapeste de forma triunfante e só sabe mesmo ganhar sempre que atua na capital húngara.
O selecionador Roberto Martinez fez regressar Bernardo Silva ao ‘onze’, assim como Ruben Neves, que utilizou pela primeira vez o ‘21’ que pertencia a Diogo Jota, mas a principal surpresa foi a inclusão de apenas um central. O treinador espanhol preferiu adaptar Neves a central, com o médio de raiz a atuar junto a Ruben Dias.
A Hungria, logo primeira vez que chegou junto à baliza portuguesa, colocou-se em vantagem e logo quando decorria uma homenagem a Diogo Jota, ao minuto 21.
Com a fotografia do antigo avançado nos ecrãs do estádio e com os adeptos de pé a aplaudir, subitamente Varga, após um centro da esquerda, apareceu solto na área lusa entre Vitinha e Ruben Dias e atirou a contar, sem dar hipóteses de defesa a Diogo Costa.
Em desvantagem, Portugal reagiu bem a partir dos 30 minutos.
Primeiro, Cristiano Ronaldo, já dentro da pequena área e com tudo para fazer o empate, permitiu a defesa de Toth, naquele que foi o primeiro remate da equipa das ‘quinas’ em todo o jogo, e poucos segundos mais tarde o guardião da casa também não deixou João Neves marcar.
O guarda-redes do Blackburn e habitual suplente da Hungria (Dibusz lesionou-se no aquecimento) foi adiando a igualdade, mas nada pode fazer aos 36 minutos para impedir Bernardo Silva.
Após um toque de Cancelo, o jogador do Manchester City, dentro da área e no limite de fora de jogo, ‘fuzilou’ o guardião magiar para o 1-1, naquele que foi o seu 14.º golo pela seleção nacional ao jogo 103.

Após regressar do intervalo com o mesmo ‘onze’, Portugal voltou a abrandar, mas desta vez acabou por beneficiar de uma grande penalidade que ‘caiu do céu’.
Na sequência de um canto, o lateral Nego, jogador nascido em França, mas naturalizado húngaro, foi trapalhão e acabou por jogar a bola com a mão, dando oportunidade a Cristiano Ronaldo de protagonizar a reviravolta no marcador. De penálti, o capitão da seleção nacional não perdoou.
Pela primeira vez em vantagem no marcador, Martínez lançou Francisco Trincão para o lugar de Bruno Fernandes.
A Hungria foi obrigada a subir as suas linhas, e a deixar mais espaço livre no seu setor recuado, situação que mesmo assim Portugal optou por não aproveitar para tentar chegar ao terceiro golo, preferindo tentar fazer um controlo de bola mais inteligente.
Os húngaros acreditaram que, pelo menos, um empate seria possível e tal aconteceu mesmo aos 84 minutos, com Vargas a bisar, outra vez de cabeça e outra vez sozinho dentro da área, com Ruben Neves claramente perdido na função de central.
Valeu pouco depois a inspiração e frieza de João Cancelo, que, talvez com os húngaros ainda a festejarem o empate, apareceu completamente solto à entrada da área e, com um remate em jeito, não deu hipóteses a Toth.
* Com Lusa

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